Crime Brutal em Caieiras: Bombeira é acusada de atear fogo em marido
- primeiraimpressaor
- 24 de set.
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Com 97% do corpo queimado, Eliseu não resistiu e faleceu 17 dias após o ataque. Hoje, a acusada cumpre prisão domiciliar, decisão que revoltou a família da vítima, que afirma viver com medo após o crime brutal presenciado pela filha de apenas 2 anos.

Mais um caso de violência doméstica com desfecho trágico chocou a cidade de Caieiras. Jaqueline Teododo Madeira, bombeira de 39 anos, é acusada de atear fogo no marido, Eliseu José do Nascimento, de 47, que teve 97% do corpo queimado e morreu 17 dias depois, em um hospital da capital paulista. O crime ocorreu em 10 de agosto e foi presenciado pela filha de apenas dois anos do casal.
Segundo as investigações, Eliseu estava sentado no sofá assistindo televisão, ao lado da criança, quando foi surpreendido pelo ataque. Mesmo em chamas, tentou salvar a filha, que ficou em choque ao presenciar a cena. Desesperado, chegou a se jogar na piscina para tentar conter o fogo.
A suspeita demorou 17 minutos para acionar o socorro e, em vídeo gravado por vizinhos, aparece chorando e pedindo perdão à vítima. Nas gravações de câmeras de segurança, é possível ouvir os gritos de dor do homem e o choro desesperado da filha.
Versões contraditórias e histórico de violência
Ao longo do processo, Jaqueline apresentou três versões diferentes: explosão de churrasqueira, de narguilé e de celular. Todas foram descartadas após perícia no imóvel.

A família de Eliseu revelou ainda que, em março, a suspeita já havia tentado atear fogo no marido usando acetona. No mesmo dia do crime, horas antes da tragédia, Jaqueline invadiu o prédio da ex-mulher de Eliseu, fez ameaças e destruiu o carro dela, tomada por ciúmes.
Parentes afirmam que a relação, de quatro anos, era marcada por brigas e agressividade constantes. Eliseu não a denunciava por temer represálias contra a filha caçula.
Decisão polêmica
Jaqueline foi presa em flagrante e teve a prisão convertida em preventiva. Porém, a defesa conseguiu na Justiça a substituição por prisão domiciliar, sob a justificativa de que ela também sofreu queimaduras e necessita de tratamento médico que, segundo os advogados, não seria possível no sistema prisional.
A decisão revoltou a família da vítima, que afirma estar com medo e cobra justiça.“Ele sofreu até o fim e agora parece que ela vai ser tratada como vítima. Nós queremos apenas que a lei seja cumprida”, disse uma parente de Eliseu.
O caso segue em investigação pela Polícia Civil.
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