Juiz que atuou em Caieiras é denunciado em esquema milionário de desvios de heranças
- primeiraimpressaor
- 5 de set.
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O juiz Peter Eckschmiedt, que já atuou em Caieiras, foi denunciado por liderar um esquema milionário de desvios em processos de herança, ao lado do ex-assessor de Moraes, Eduardo Tagliaferro.
O nome do juiz Peter Eckschmiedt, que já atuou como juiz titular em Caieiras, voltou ao noticiário em meio a um dos maiores escândalos recentes do Judiciário paulista. Ele, o perito Eduardo Tagliaferro, ex-assessor do ministro Alexandre de Moraes, do STF e outras 11 pessoas foram denunciados pela Procuradoria-Geral de Justiça de São Paulo (PGJ-SP) por peculato e organização criminosa.
De acordo com o Ministério Público, Eckschmiedt teria idealizado e liderado um esquema milionário de fraudes em processos de heranças, atuando quando estava à frente da 2ª Vara Cível de Itapevi. O grupo, segundo a investigação, forjava títulos executivos em nome de pessoas falecidas para desviar valores depositados em contas judiciais.
Em uma das operações, em agosto de 2023, o juiz foi alvo de buscas, e as autoridades encontraram R$ 1,7 milhão em espécie escondidos no sótão de sua casa, em Jundiaí. Em maio deste ano, ele foi aposentado compulsoriamente pelo Tribunal de Justiça de São Paulo, decisão considerada a pena máxima aplicada a um magistrado. Agora, o Ministério Público pede a cassação definitiva de seu cargo e a perda da aposentadoria.
Além de Eckschmiedt e Tagliaferro, o esquema envolvia escreventes e outros colaboradores. Um deles, segundo a denúncia, recebia depósitos mensais em troca de indicar casos com potencial de gerar ganhos ilícitos para a quadrilha.
Ligação com Caieiras
O caso repercute de forma ainda mais próxima para os moradores de Caieiras, já que Peter Eckschmiedt foi juiz titular na cidade. Sua passagem pelo município é lembrada por ter conduzido processos de relevância local, além da proximidade com figuras públicas e agora, o envolvimento do magistrado nesse escândalo nacional coloca sob os holofotes uma figura que já exerceu autoridade direta na política e na sociedade caieirense.
A denúncia contra Eckschmiedt e Tagliaferro traz novamente à tona a necessidade de vigilância sobre a atuação de agentes públicos que, em algum momento, tiveram poder de decisão sobre a vida de cidadãos comuns. O episódio reforça o debate sobre transparência e fiscalização das instituições, inclusive em cidades como Caieiras, onde autoridades transitam e deixam marcas em sua trajetória profissional.
A defesa de Eduardo Tagliaferro classificou a denúncia como “deplorável” e uma tentativa de “perseguir quem já vem sendo perseguido”. Já a defesa de Eckschmiedt não se manifestou.
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