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Samir Xaud já foi suspenso da função de perito médico por erro grotesco e é acusado participar de esquema que provocou prejuízo de R$ 1,4 mi ao HGR

Sem experiência alguma em gestão no futebol, Samir tem como vice-presidentes na chapa

5 comandantes de federações inexpressivas

Além dos dois casos citados, Samir carrega no currículo outra denúncia: a clínica médica dele foi contratada irregularmente em 2021 para prestar serviço à Federação de Roraima por R$ 30 mil mensais.
Além dos dois casos citados, Samir carrega no currículo outra denúncia: a clínica médica dele foi contratada irregularmente em 2021 para prestar serviço à Federação de Roraima por R$ 30 mil mensais.

O médico Samir Xaud, candidato à presidência da Confederação Brasileira de Futebol

(CBF) já foi suspenso por dois anos da função de perito médico do Tribunal de Justiça de

Roraima por erro grotesco em laudo de 2018 (foi designado para avaliar lesão na perna

esquerda de um motociclista, mas examinou o braço esquerdo), e responde também a um

processo por improbidade administrativa cometida no Hospital Geral de Roraima (HGR).

Segundo o Ministério Público de Roraima, a fraude no HGR causou um prejuízo de R$ 1,4

milhão aos cofres públicos.

O MP acusa Samir de ter integrado um esquema de falsificação de documentos. Quando ocupou o cargo de diretor-geral do hospital, entre 2017 e 2020, ele e outros seis gestores teriam, de acordo com o MP, simulado serviços médicos para justificar pagamentos no montante de R$ 1,4 milhão à empresa Coopebras. Essa ação está tramitando na Justiça.


Clínica de Samir foi contratada irregularmente pela CBF

Além dos dois casos citados, Samir carrega no currículo outra denúncia: a clínica médica

dele foi contratada irregularmente em 2021 para prestar serviço à Federação de Roraima

por R$ 30 mil mensais. O estatuto da CBF proíbe a contratação de empresas de parentes

de dirigentes.


Cinco vice-presidentes de federações inexpressivas darão suporte ao inexperiente Samir

A chapa encabeçada por Samir, “Futebol para Todos - Transparência, Inclusão e

Modernização”, conta com o apoio de 25 das 27 federações estaduais e também do

ministro Gilmar Mendes, do STF, que tem negócios com a entidade.


A maioria dos vice-presidentes da chapa inscrita para disputar a eleição da CBF no próximo

domingo (25) preside federações pouco expressivas dos estados da Paraíba (Michelle

Ramalho), Rio Grande do Norte (José Vanildo), Pará (Ricardo Paul), Amazonas (Rozenha)

e Santa Catarina (Rubens Angelloti).


Samir, por sinal, é de um estado que nunca teve um time nas séries A e B do campeonato

brasileiro. A experiência dele em gestão de futebol estava prevista para começar daqui a 2

anos, quando, de acordo com o regulamento da eleição local, sucederia o pai, Zeca Xaud,

na pequena Federação de Futebol de Roraima, que tem apenas 10 dos 778 clubes inscritos

no país. O patriarca comanda a federação há 39 anos e deixará esse “legado” para o filho.


Gilmar e a relação com a CBF

O Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP), do qual Gilmar Mendes

é sócio e fundador, tem parceria desde agosto de 2023 com a CBF Academy Brasil. O

acordo foi firmado com Francisco Schertel Mendes, diretor geral do IDP e filho do ministro,

para o instituto gerir os cursos da entidade.



Gilmar Mendes, inclusive, foi o autor da decisão que reconduziu Ednaldo Rodrigues ao

cargo em janeiro de 2024, suspendendo decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro

que havia afastado o mandatário por irregularidades no processo eleitoral.


Histórico de escândalos da CBF desde 1989

Desde o final da década de 1990 a CBF tem ganhado, com frequência, manchetes nas

páginas policiais. Três dos últimos presidentes foram bandidos do futebol (Ricardo Teixeira,

Marco Polo Del Nero e José Maria Marin) por denúncias de corrupção e os outros dois

afastados por acusações de fraude eleitoral (Ednaldo Rodrigues) e de assédio moral e

sexual (Rogério Caboclo).


O presidente afastado da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ednaldo Rodrigues, comunicou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que não tentará mais retornar ao seu cargo à frente da entidade.
O presidente afastado da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ednaldo Rodrigues, comunicou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que não tentará mais retornar ao seu cargo à frente da entidade.


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