E aí Caieiras: Até quando Pão e circo?
- primeiraimpressaor
- há 12 horas
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Enquanto Jundiaí se prepara para receber um investimento de cerca de 20 bilhões de Doláres da Scala Data Centers, Caieiras permanece estagnada se contentando com festas e apresentações mambembes
Caieiras, que em outro tempo se destacou por sua vocação industrial e boa colocação em indicadores de desenvolvimento humano, parece ter ficado parada no tempo enquanto municípios vizinhos avançam. O último levantamento do Índice de Desenvolvimento Sustentável das Cidades, Brasil (IDSC‑BR) mostra Caieiras em penúltimo lugar entre os 39 municípios da Região Metropolitana de São Paulo, um claro sinal de que o desenvolvimento sustentável urbano está aquém do esperado.

A dependência econômica persistente das indústrias tradicionais, a mobilidade fragilizada, com apenas a antiga rodovia SP-332 (conhecida como Estrada Velha de Campinas) servindo como eixo principal de deslocamento de pessoas e cargas, além da falta de estratégias e incentivos para a atração de novos parques industriais, ou ainda a instalação de centros logísticos como os instalados recentemente nas cidades de Franco da Rocha e Cajamar, compõem o cenário de estagnação que se abateu sobre a cidade.
E agora surge a notícia de que a vizinha Jundiaí deverá receber um investimento bilionário de cerca de 20 bilhões, da Scala Data Centers para instalação de um campus de data-centers, com impacto direto em geração de empregos, movimentação econômica e fortalecimento de infraestrutura tecnológica.

Enquanto o anúncio em Jundiaí reforça o fluxo de capital para o interior paulista e consolida regiões que já vinham se preparando para isso, Caieiras permanece à margem dessa virada. Onde estão os incentivos municipais agressivos para atrair grandes operações industriais ou tecnológicas? Qual foi a estratégia de médio e longo prazo para melhorar a infraestrutura, a mobilidade, a conectividade digital e energética da cidade? A falta de respostas concretas desses questionamentos sugere que Caieiras perdeu prestígio e investimentos justamente no momento em que seu entorno dá um salto adiante.
Este não é apenas um problema de números ou rankings; é uma questão de futuro. A geração de empregos, a atração de empresas com valor agregado, a diversificação econômica, tudo isso depende de uma cidade que se proponha a competir e a se reinventar.
Caieiras precisava ver o anúncio da Scala e indagar: “Por que não aqui?”
A população precisa cobrar dos poderes públicos uma ação coordenada e uma visão estratégica que recupere o tempo perdido e coloque a cidade novamente no caminho do crescimento. Não basta se contentar com festas e eventos pontuais enquanto os municípios vizinhos avançam. Caieiras precisa evoluir, investir em políticas estruturais e atrair empreendimentos que gerem emprego e desenvolvimento real. Caso contrário, voltará a viver como nos tempos em que se orgulhava apenas de ser “a cidade do cal” — um passado que marcou sua origem, mas que não pode definir seu futuro.
O momento é de decisão: Ou Caieiras desperta para as oportunidades que surgem ao seu redor, ou continuará assistindo de longe ao progresso passar.








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