Cadeirante denuncia constrangimento no transporte público municipal

Caso foi exposto pelo vereador Micael durante sessão da Câmara em Caieiras

Durante a última sessão da Câmara, o vereador Micael trouxe à tona o relato de Gustavo, jovem morador do Jardim dos Eucaliptos que se tornou cadeirante após um grave acidente. Segundo Micael, o rapaz vem superando as limitações com força e fé, realizando seu processo de reabilitação no Instituto de Reabilitação Lucy Montoro, em São Paulo.

O transporte público de Caieiras, que sempre foi alvo constante de reclamações por parte dos usuários, voltou a ser pauta na Câmara Municipal. Atrasos nos horários, falta de manutenção, sujeira e uma das tarifas mais caras da região são queixas recorrentes. Apesar de algumas melhorias pontuais após a renovação do contrato com a empresa concessionária, o serviço ainda está longe do ideal.

Durante a última sessão da Câmara, o vereador Micael trouxe à tona o relato de Gustavo, jovem morador do Jardim dos Eucaliptos que se tornou cadeirante após um grave acidente. Segundo Micael, o rapaz vem superando as limitações com força e fé, realizando seu processo de reabilitação no Instituto de Reabilitação Lucy Montoro, em São Paulo.

Em seu depoimento, Gustavo relatou uma situação de constrangimento e descaso enfrentada ao tentar utilizar o transporte público municipal. De acordo com ele, o motorista não soube operar o elevador de acesso para cadeirantes, o que acabou travando o equipamento e interrompendo a viagem. Todos os passageiros tiveram que descer do ônibus, e o jovem ficou impossibilitado de seguir seu trajeto.

“Na hora que o elevador subiu, a gente conseguiu embarcar. Mas na hora de fechar, travou. O motorista não sabia o que fazer. Todo mundo precisou descer, atrasando a vida de quem ia trabalhar, estudar ou descansar. Não tinha manutenção no ônibus, nem ar-condicionado, e ninguém sabia lidar com o equipamento”, relatou Gustavo.

O jovem ainda criticou a falta de preparo dos motoristas e a precariedade da frota:

“Quando o elevador está funcionando, o motorista não sabe operar. Quando quebra, não há manutenção. É difícil para quem depende do transporte e precisa de acessibilidade. Espero que chegue ao prefeito Lagoinha para que a situação mude.”

Sensibilizado com o caso, o vereador Micael reforçou que a Câmara Municipal continuará acompanhando e fiscalizando o contrato de concessão do transporte público, cobrando da empresa responsável condições adequadas para todos os munícipes, especialmente para pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida.

“Essas são situações reais, que acontecem no dia a dia. Nosso papel é fiscalizar e garantir que todos sejam atendidos com dignidade”, destacou o parlamentar.

Nossa equipe encaminhou um e-mail ao setor de atendimento da viação, porém, até o fechamento desta edição não houve retorno. O espaço permanece aberto para eventuais esclarecimentos por parte da empresa.