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Brasileiro pode ser o próximo Papa

Cardeal Leonardo Steiner, arcebispo de Manaus, ganha força nos bastidores do Vaticano e pode surpreender no conclave

Por Redação – Jornal Primeira Impressão
Por Redação – Jornal Primeira Impressão

Em um momento histórico para a Igreja Católica e para o Brasil, o nome do cardeal Leonardo Ulrich Steiner, arcebispo de Manaus, desponta como um dos mais cotados para suceder o Papa Francisco, falecido no último dia 21 de abril. O conclave que elegerá o novo pontífice acontece nesta terça-feira, 7 de maio, no Vaticano, e, segundo agências internacionais como a Reuters, Steiner está entre os favoritos.


Natural de Forquilhinha (SC), frei franciscano e com 74 anos, Leonardo Steiner representa uma ala da Igreja comprometida com os pobres, com a ecologia e, principalmente, com os povos originários da Amazônia. Sua trajetória pastoral na região amazônica lhe rendeu reconhecimento internacional, especialmente após o Sínodo para a Amazônia, convocado por Francisco em 2019.


Nomeado arcebispo de Manaus pelo próprio Papa Francisco, Steiner tem um discurso alinhado à visão de uma Igreja “com rosto amazônico”, inclusiva, dialogal e atenta às urgências sociais e ambientais. Ele também foi secretário-geral da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) e atualmente preside o Conselho Indigenista Missionário (CIMI).

 Leonardo Steiner representa uma ala da Igreja comprometida com os pobres, com a ecologia e, principalmente, com os povos originários da Amazônia.
 Leonardo Steiner representa uma ala da Igreja comprometida com os pobres, com a ecologia e, principalmente, com os povos originários da Amazônia.

Sua ascensão como “papável” surpreendeu muitos analistas, uma vez que os nomes mais ventilados até recentemente eram de cardeais europeus como Pietro Parolin (Itália) e Matteo Zuppi (Itália), ou africanos como Peter Turkson (Gana). No entanto, a forte influência de Francisco no colégio cardinalício — que nomeou 70% dos cardeais votantes — abre espaço para a eleição de um sucessor que mantenha sua linha pastoral.

Em entrevista recente, o teólogo Leonardo Boff — uma das vozes mais respeitadas da Teologia da Libertação — afirmou que Steiner “tem a alma do Papa Francisco” e representa o que há de mais esperançoso no projeto de uma Igreja voltada aos pobres e à preservação da vida.


Se eleito, Steiner será o primeiro Papa nascido no Brasil e o terceiro latino-americano da história, depois do argentino Jorge Mario Bergoglio (Papa Francisco) e do venezuelano Alexandre VI, embora este último tenha vivido antes da configuração moderna da América Latina.


Independentemente do resultado, o destaque de Dom Leonardo Steiner já coloca o Brasil em posição de protagonismo no cenário da Igreja global — uma conquista simbólica em tempos de tantas transformações.



Além do brasileiro Leonardo Steiner, outros nomes ganham força nos bastidores do Vaticano


Com a morte do Papa Francisco em 21 de abril, a Igreja Católica entra em um dos momentos mais decisivos de sua história recente. O conclave que se inicia nesta terça-feira, 7 de maio, não apenas definirá o próximo líder espiritual de mais de 1,3 bilhão de católicos no mundo, como também poderá sinalizar a continuidade — ou mudança — de rumo para a Igreja nos próximos anos.


Embora o nome do brasileiro Leonardo Ulrich Steiner tenha ganhado destaque internacional nos últimos dias, ele não é o único que pode surpreender. Diversos cardeais, muitos pouco conhecidos do grande público, estão entre os favoritos e possuem perfis que dialogam com o legado de Francisco.


Confira os principais nomes:
O conclave que se inicia nesta terça-feira, 7 de maio, não apenas definirá o próximo líder espiritual de mais de 1,3 bilhão de católicos no mundo, como também poderá sinalizar a continuidade — ou mudança — de rumo para a Igreja nos próximos anos.
O conclave que se inicia nesta terça-feira, 7 de maio, não apenas definirá o próximo líder espiritual de mais de 1,3 bilhão de católicos no mundo, como também poderá sinalizar a continuidade — ou mudança — de rumo para a Igreja nos próximos anos.

Matteo Zuppi (Itália)

Arcebispo de Bolonha e presidente da Conferência Episcopal Italiana, Zuppi é um dos mais influentes dentro da Igreja europeia. Com perfil pastoral, envolvimento em mediações de paz e proximidade com o Papa Francisco, é considerado um candidato de consenso entre setores progressistas e moderados.
Arcebispo de Bolonha e presidente da Conferência Episcopal Italiana, Zuppi é um dos mais influentes dentro da Igreja europeia. Com perfil pastoral, envolvimento em mediações de paz e proximidade com o Papa Francisco, é considerado um candidato de consenso entre setores progressistas e moderados.

Pietro Parolin (Itália)

Secretário de Estado do Vaticano, Parolin é um diplomata experiente e figura central nas relações internacionais da Santa Sé. É visto como um “papa de transição” por sua sobriedade e habilidade política, embora seu perfil seja mais moderado que o de Francisco.
Secretário de Estado do Vaticano, Parolin é um diplomata experiente e figura central nas relações internacionais da Santa Sé. É visto como um “papa de transição” por sua sobriedade e habilidade política, embora seu perfil seja mais moderado que o de Francisco.

Peter Turkson (Gana)

Ex-presidente do Dicastério para o Desenvolvimento Humano Integral, Turkson já figurou entre os favoritos no conclave anterior. Forte defensor da justiça social e do meio ambiente, seria o primeiro papa africano da história moderna — o que traria uma mensagem forte de representatividade.
Ex-presidente do Dicastério para o Desenvolvimento Humano Integral, Turkson já figurou entre os favoritos no conclave anterior. Forte defensor da justiça social e do meio ambiente, seria o primeiro papa africano da história moderna — o que traria uma mensagem forte de representatividade.

Luis Antonio Tagle (Filipinas)

Cardeal filipino e atualmente pró-prefeito do Dicastério para a Evangelização. Jovem, carismático e com experiência em missões, Tagle tem apoio da Ásia e da América Latina. É visto como um “Francisco 2.0”, podendo dar continuidade ao espírito reformista do atual pontificado.
Cardeal filipino e atualmente pró-prefeito do Dicastério para a Evangelização. Jovem, carismático e com experiência em missões, Tagle tem apoio da Ásia e da América Latina. É visto como um “Francisco 2.0”, podendo dar continuidade ao espírito reformista do atual pontificado.

Jean-Marc Aveline (França)

Arcebispo de Marselha e um dos últimos cardeais criados por Francisco, Aveline tem perfil inter-religioso e diálogo com o Islã. Sua eleição representaria uma aposta ousada em tempos de tensão religiosa global.
Arcebispo de Marselha e um dos últimos cardeais criados por Francisco, Aveline tem perfil inter-religioso e diálogo com o Islã. Sua eleição representaria uma aposta ousada em tempos de tensão religiosa global.

Outros nomes que circulam discretamente

  • Christoph Schönborn (Áustria) – Intelectual respeitado, embora com idade avançada.

  • Sean O’Malley (EUA) – Forte atuação contra abusos na Igreja, porém com menor apelo entre os cardeais latinos.

  • Carlos Aguiar Retes (México) – Ligado à pastoral urbana, representa o peso da Igreja na América Latina.



O cenário está aberto. E embora o conclave aconteça em sigilo absoluto, é fato que a Igreja busca alguém que possa dar continuidade às reformas iniciadas por Francisco, manter o diálogo com as periferias e reforçar o compromisso com a justiça social, a ecologia e a paz mundial.

Entre surpresas e tradições, o futuro da Igreja está prestes a ser definido — e o mundo observa com atenção.




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